terça-feira, 10 de março de 2009

Augusto Cury

"As dores da existência - tanto as físicas quanto, principalmente, as psicológicas - deveriam ser aliviadas. Toda via, para Cristo, elas deveriam ser usadas para lapidar as arestas da personalidade. O ser humano aprende facilmente a lidar com seus sucessos e ganhos, mas tem grande dificuldade de aprender a lidar com seus fracassos e perdas. Vivemos em sociedade que negam as dores da existência e superdimensionam a busca do sucesso. Qualquer pessoa aprende a lidar bem com as primaveras da vida, mas só os sábios aprendem a viver com dignidade nos Invernos existenciais...
Somente um pessoa forte e livre é capaz de refletir sobre as ofensas e não ser ferida por elas...
Ele agia com serenidade quando todos ficavam apavorados. Preservava sua emoção das contrariedades. Muitos fazem de suas emoções um deposito de lixo. Não filtram os problemas, as ofensas, as dificuldades por que passam. Pelo contrario, elas os invadem com extrema facilidade, gerando angustia e stress...
Ele administrava a sua emoção com exímia habilidade, pois filtrava os estímulos angustiantes, estressantes...
Todos elogiam a primavera e esperam ansiosamente por ela, pois pensam que as flores surgem nessa época do ano. Na realidade, as flores surgem no inverno, ainda que clandestinamente e se manifestam na primavera...
Ao analisar a história de Cristo, fica claro que os Invernos existências pelos quais ele passava não o destruíam, pelo contrario, geravam nele um Bela Primavera Existencial, manifesta em sua sabedoria, amabilidade, tranquilidade, tolerância, capacidade de compreender e superar os conflitos humanos...
As pessoas que passam por dores existências e as superam com dignidade ficam mais bonitas e interessantes interiormente...
O medo alimenta a dor. Aprender a enfrentar o medo, a atuar com segurança nos sofrimentos e a reciclar as causas que patrocinam os conflitos humanos conduz um pessoa a reescrever sua historia...
Quem cuida apenas da estética do corpo e descuida do enriquecimento interior vive a pior solidão, a de ter abandonado a si mesmo em sua trajetoria existencial...
"no mundo passais por várias aflições, mas tende ânimo, pois eu venci o mundo"
Cristo tinha todos os motivos pára ser tenso, irritado, angustiado, revoltado. Em vez disso, expressava tranquilidade, capacidade de amar, de tolerar, de superar seus focos de tensão , como disse, até de fazer poesia de sua miséria...
Há pessoas que têm bons motivos para serem felizes, mas estão sempre insatisfeitas, descontentes com o que são e possuem...
Aquietavam-se no palco de sua mente. Isso faz com que ele os admistrasse facilmente e produzisse resposta calmas e inteligentes em situações tensas."

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